WhatsApp Image 2023-06-19 at 10.29.50.jpeg

 

A vida em redes sociais é uma característica da humanidade. Desde os primórdios, a organização foi responsável pela sobrevivência. Nos primeiros grupos, alguns caçavam, outros cuidavam da segurança, outros das crianças e, por isso, era necessária uma organização. Isso fez com que nascesse o que compreendemos como grupos sociais, ou seja, conjuntos de pessoas que colaboram entre si para atingir um determinado fim. Com isso, também nasceu nossa ideia de liderança política e empreendedorismo, afinal, alguns arriscavam novos modelos, novos negócios, novas formas de fazer as coisas para facilitar a vida em sociedade. 

Com o passar do tempo, os grupos foram interagindo entre si, competindo, tornando-se mais complexos, desenvolvendo ainda mais a ideia das redes de colaboração, de construção conjunta. Se você fizer uma visita aos seus livros de história, vai ver que, mesmo que alguns casos resultassem, primeiramente em guerras, os encontros entre grupos humanos sempre trouxeram evoluções para todos no longo prazo. 

As tecnologias foram essenciais em todos os momentos. Desde o desenvolvimento da fala, que podemos considerar a primeira delas, os agrupamentos humanos conseguiram se desenvolver e trabalhar mais em colaboração, conforme a evolução tecnológica. Meios de transporte e de comunicação tornaram universais formas de sobrevivências, valores, produtos e, depois de algum tempo, as marcas, que conseguem representar de forma competente a evolução humana. 

Olhe ao seu redor e veja as redes sociais das quais você participa e que influenciam na sua vida, que trazem conforto para o seu dia a dia. Sem o desenvolvimento das redes (e não estou falando somente das digitais), a humanidade estaria ainda vivendo como coletora e caçadora, isso se já não estivesse em extinção. Por isso, toda a nossa vida é um emaranhado de redes que interagem, competem entre si, faz com tomemos decisões complexas. Observe de quantos grupos sociais você participa e veja como eles interagem entre si. 

É claro também que as redes e os grupos sociais dos quais participamos nos influenciam tanto no comportamento quanto no que gostamos, no que pensamos. Imagine quanto do que somos é resultado dos ambientes com os quais interagimos. Nossas opiniões políticas, nossa forma de vestir, de falar, de usar produtos, tudo é resultado desta interação. É por isso que o marketing utiliza tanto a observação dos grupos sociais: é neles que encontramos nossa principal fonte de inspiração e de referências para as ações. 

Quando trabalhamos com o comportamento dos consumidores, devemos sempre levar em conta que, mais do que indivíduos, eles são atores sociais a representar papéis de acordo com os grupos em que estão inseridos e pelos quais são influenciados no momento da decisão de compra e da aceitação de uma marca. E é claro que alguns produtos e algumas marcas são mais suscetíveis do que outras pelos grupos do entorno. 

Antes de falarmos de como isso ocorre no ambiente das redes digitais, que é nosso assunto principal, vale pensar que isso é uma construção distante, que é muito anterior às ferramentas de marketing e de comunicação que foram desenvolvidas no século XX. Na verdade, o que sempre fizemos foi uma adaptação à forma como a humanidade interagiu com o mundo. Observe as grandes marcas antigas que, com certeza, se beneficiaram das redes sociais antes mesmo de as redes digitais aparecerem. Veja como a Coca-Cola foi, por exemplo, desenvolvida como um refrigerante para a família, isso antes da metade do século passado, com construções publicitárias que a associaram a momentos felizes, encontros familiares, festas, como o Natal, a alegria de dividir bons momentos. A publicidade mostrava e as pessoas queriam demonstrar aos seus grupos sociais que acreditavam naqueles valores. Por isso, o consumo passou a ser muito maior do que do produto, passou a ser a obtenção dos valores que a marca representava. 

Se você fizer esse teste com outras marcas tradicionais, verá que todas elas utilizaram a compreensão das redes e dos grupos sociais para vender seus produtos e alcançar um lugar de destaque na preferência dos consumidores. 

Mas o que isso tem a ver com as redes sociais digitais, o Facebook, o Instagram? Tudo.

Pois antes de realizar atividade no digital (online), devemos ter em mente que o nosso ponto de partida se inicia no planejamento e na organização de ideias, as redes sociais são apenas instrumentos para que nós possamos utiliza-los de forma estratégica, racional para cumprir com um determinado objetivo.